Uso do Ácido Poli-L-Láctico para Restauração do Volume Facial: Resumo do Estudo

O ácido poli-L-láctico é uma das alternativas mais utilizadas atualmente para restaurar a perda de volume facial associada ao envelhecimento. Um estudo realizado na Clínica CliniSer, em Brasília (DF), e publicado na Revista Brasileira de Cirurgia Plástica (2013), apresenta a experiência dos autores no uso deste bioestimulador para fins cosméticos.

Dessa forma, confira a seguir os principais pontos do artigo, que pode ser acessado na íntegra neste link.

Introdução

O ácido poli-L-láctico, aprovado nos Estados Unidos em 2004 para tratamento da lipoatrofia associada ao HIV, vem ganhando espaço também sobretudo na estética facial. Seu uso tem como objetivo estimular a produção de colágeno, oferecendo resultados duradouros — com efeitos que podem perdurar por cerca de dois anos.

No passado, os médicos tratavam a perda de volume facial com enxertos de gordura autóloga, mas o ácido poli-L-láctico surgiu como uma alternativa menos invasiva e mais previsível.

Objetivo do Estudo

O artigo buscou apresentar a experiência clínica no uso do ácido poli-L-láctico para restaurar volume facial perdido com o envelhecimento, tratando especialmente rugas estáticas nos terços médio e inferior da face.

Uso do Ácido Poli-L-Láctico para Restauração do Volume Facial: Metodologia

  • Número de pacientes: 12 (11 mulheres e 1 homem)
  • Idade média: 58 anos (variação entre 43 e 73 anos)
  • Protocolo de aplicação:
    • Diluição do produto em 5 ml de água destilada + 2 ml de lidocaína com adrenalina.
    • Injeções realizadas em derme profunda, subcutâneo e região supraperiosteal.
    • Três sessões mensais, com uma manutenção após 1,5 a 2 anos.
    • Massagens pós-procedimento recomendadas seguindo a regra do “5” (5 minutos, 5 vezes ao dia, por 5 dias).

As áreas tratadas incluíram região periorbital, zigomática, sulco nasolabial, região malar, bucal, pré-auricular e comissuras periorais.

Resultados

  • Satisfação: Todos os pacientes ficaram satisfeitos com os resultados obtidos.
  • Efeitos adversos: Foram observados quatro casos de equimose e um caso de nódulos periorbitários, tratado posteriormente com exérese cirúrgica.
  • Melhora estética: Observou-se melhora no contorno facial, redução de concavidades e aparência menos alongada da face.

Discussão

O estudo reforça que o ácido poli-L-láctico é uma ferramenta eficaz para tratar as alterações volumétricas decorrentes do envelhecimento facial, proporcionando:

  • Estímulo à produção de colágeno novo (neocolagênese).
  • Resultados progressivos e duradouros (com pico em 6 meses e duração média de até 2 anos).
  • Alternativa confiável ao enxerto de gordura, com menos risco e menor invasividade.

No entanto, destaca-se a necessidade de técnica adequada na reconstituição, aplicação correta nas camadas faciais indicadas e cuidados como a massagem pós-injeção para prevenir formação de nódulos.

Além disso, o artigo também ressalta que o ácido poli-L-láctico não deve ser utilizado para preenchimento superficial da pele nem para correção de linhas finas nos lábios.

Conclusões

O uso do ácido poli-L-láctico demonstrou ser eficaz para restaurar volume facial de forma segura e duradoura. Com técnica adequada e correta indicação, pode ser uma excelente ferramenta para reverter os sinais do envelhecimento, melhorar o contorno facial e sobretudo em aumentar a satisfação dos pacientes.


Fonte: